sexta-feira, 29 de setembro de 2006

QUASE UM POST, prometo não fazer mais isso!

São 5:17 da manhã, acordei há quase uma hora atrás. Depois de uma tentativa frustrada de recuperar o sono vim para o computador. Há quase vinte minutos tento escrever e já perdi a conta de quantos textos foram apagados, se esse sobreviver será um milagre.

Há quase um minuto olho para a tela do computador sem escrever uma só letra; agora foram dois.

Eu queria falar sobre números, sobre o tempo, sobre as mudanças repentinas que acontecem, e tantas outras coisas mais. Há quase quatro minutos eu penso sobre o que eu gostaria de escrever, e não escrevo nada disso.

Quando não consigo pensar em nada melhor, penso no futuro, é sempre assim: as coisas que tenho que fazer, que roupa usar, qual o nome sugerir para as bijuterias da esposa do chefe, e se depois disso tudo ainda terei animo de fazer algo bacana, afinal é sexta-feira. Há quase meia hora venho pensando no que preciso fazer depois de “acordar”.

Recebi um e-mail há quase trinta segundos. Há quase trinta e um segundos decidi não lê-lo.

Agora são 5:47 e há quase uma hora e trinta minutos, só penso em voltar para a cama, antes das 6:00 irei! Há quase uma hora e três minutos, tenho certeza que não conseguirei escrever nada interessante. Melhor ir deitar, 5:54 a noite já virou dia e já ouço barulho de carro na rua. Há quase um minuto tento dar um final bacana para este post terrível. 5:59 só me resta um minuto para voltar para o quarto. Há quase sete minutos eu pensava já não estar mais aqui, estou atrasada, vou-me.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

RUN PIPELETTE RUN; at least for a while!

Sem tempo para escrever, aliás sem tempo para nada! Estou correndo na planície. Bom, quem conhece minha cidade sabe que algo plano por aqui é raridade, então estou correndo mesmo é nas montanhas, mas com a felicidade de quem corre em planícies, afinal no meu caso a vida é essa, "subir Contorno, subir Afonso Pena". Felicidade de dividirmos a mesa, mas agora sem ter que brigar pelo mouse, te amo ;)

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

DA SÉRIE, TEORIAS QUE NUNCA SE APLICAM; sexta-feira

Porque todas as sextas-feiras deveriam ser dias felizes, pelos simples fato de ser sexta-feira! E quem nunca teve uma sexta-feira de cão que atire a primeira pedra.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

LA PIPELETTE; breve apresentação

Falo mais do que deveria e sinto mais do que gostaria, manter minha boca fechada não é tarefa das mais fáceis. Eu tenho sempre algo a dizer: palavrosa, faladeira e tagarela; sou La Pipelette. Coleciono palavras, de qualquer língua e dialeto sejam elas escritas ou faladas.

Sinto-me frustrada quando preciso comedir palavras e sentimentos, não há coisa mais triste que viver pela metade, do sofrimento à alegria que seja tudo por inteiro, intenso, verdadeiro e real. Nesse sentido continuo criança que solta verdades sem nem perceber, e mesmo quando as percebe não se contêm, pelo simples prazer de não evitar nem poupar ninguém. É por isso que, modéstia à parte, sei utilizar tão bem a palavra desculpa; muito mais pela constância do trato diário que pela polidez adquirida ao longo do tempo. Definitivamente a desculpa existe para isso, amenizar a incapacidade alheia de conviver com a sinceridade vomitada.

A grande diferença entre a palavra oral e a escrita é o meio pelo qual elas se propagam, por isso, não faço nenhuma distinção hierárquica entre elas. Embora sejam de naturezas diferentes, as duas possuem a mesma força, nesse caso, a palavra como objeto de catarse e não como objeto de comunicação.

A palavra catártica pode assumir funções distintas: ou ela é ativa, motivadora; aquela que dará início a todo o processo de purgação ou passiva, não no sentido pejorativo, e sim, por fazer parte da catarse em andamento; àquela que teve outro agente ativador. As funções são diferentes, mas a importância é a mesma! Ao meu ver a palavra escrita se encaixa melhor como ativadora, a falada como processual; mas aqui nenhuma regra se aplica, é tudo uma questão de escolha.

Menina faladeira mas que gosta de silêncio, e porque não gostaria, silêncio não é antônimo de palavra, nem significa a falta dela; é contrário de barulho, alvoroço. Mesmo no silêncio existem palavras, mas só os mais sensíveis conseguem percebê-las. De todos, o único que não suporto é o silêncio interno, esse sim me faz sentir morta. Mesmo na quietude, en dedans eu sou sempre ruído; é minha fábrica de idéias, filosofias, teorias, pensamentos e reflexões a todo vapor, as palavras que coleciono em profunda ebulição.