MANTENHA DISTÂNCIA; impulsivo em crise!

São 5:00 da manhã, estou em crise.

Desejei imprevisibilidade demais, e agora que ela bate a minha porta, escondo-me embaixo da cama e finjo não estar. Palavra de ordem, arrependimento sem fim.

Na mão a seção de horóscopo do jornal; no coração o desejo de previsibilidade; na mente a luta contra “será que estou fazendo a escolha certa?”; e o corpo, vixi, esse padece.

"Viradas inesperadas tendem a mudar o rumo de suas vidas, criando uma certa dose de insegurança e apreensão".

Eu não deveria ter desdenhado tanto dos astros. Bom, eu não deveria muita coisa, essa é a grande verdade. Mas pago sempre um preço alto pela impulsividade. De certo ainda não amadureci o suficiente para arrepender-me disso, sim, impulsividade ainda quero e desejo carregar comigo para todo o sempre, amém!

Se eu pudesse dar uma olhadinha no futuro, se eu pudesse confirmar que tenho feito as escolhas certas ou se ao menos pudesse banir de vez esse conceito estúpido de “certo-errado” e jogar tudo pro alto, com certeza eu estaria mais tranquila, feliz e dormindo, diga-se de passagem.

Desejo recente de viver Dorothy: seguir apenas o caminho de tijolos amarelos, trajando sapatos de rubi.

São 5:47 da manhã, continuo em crise.